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A freguesia de Santo Estêvão
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A urbanização

Como não é o Povo junto nesta Freguesia mas sim vive cada um na sua fazenda, está situada em vários montes… (ANICA:1993:37)

O processo de urbanização da aldeia de Santo Estêvão é relativamente recente, como atesta a transcrição, supra, da informação que o Pároco de Santo Estêvão deu, em 1758, para a realização de um Dicionário Geográfico.

A freguesia, no entanto, existe pelo menos desde o século XVI. A mais antiga referência é de 1577, ano em que Frei João de São José na «Corografia do Reino do Algarve» refere Santo Estêvão como uma das freguesias inseridas no termo de Tavira. Ainda do século XVI, 1597 concretamente, existe um registo de casamento na Igreja de Nossa Senhora da Luz de Tavira que faz referência ao cura de Santo Estêvão, João Fernandes Garganta.

A Igreja teve origem numa pequena ermida tardo-medieval dependente da freguesia de Santiago de Tavira. A sua renovação terá principiado em 1707 e parado aquando da morte do promotor das obras, o bispo D. António Pereira da Silva. Recomeçaram em 1738 e ficaram concluídas em 1744. A fachada principal foi remodelada provavelmente em 1846 e o Portal Principal foi reconstruído em 1903.

É composta por nave única, com três capelas laterais do século XIX e assenta num embasamento em pedra visível na parte posterior do corpo da Igreja. O retábulo foi executado pelo mestre entalhador José da Costa e o desenho poderá ser uma adaptação do retábulo que Francisco Xavier Fabri, arquitecto italiano que veio para o Algarve em 1790, riscou para o retábulo da Ermida de São Luís de Faro.

A Igreja ficou isolada até a meados do século XIX, altura em que começou o processo de conformação da actual aldeia. A população encontrava-se (ainda o está em grande parte hoje) dispersa pelo território. É um fenómeno tão antigo como a presença humana organizada no território de Santo Estêvão e é característico de zonas rurais onde, por dinâmicas várias, não se produziram condições para a concentração.

Os estudos sobre a presença romana no Sotavento Algarvio confirmam a pertença do território Santo Estêvão à civitates de Balsa, uma enorme cidade comercial junto à Ria Formosa, perto da Luz de Tavira. O território centuriado (a forma de urbanização romana) conhecido é extensíssimo e abrange quase toda a freguesia de Santo Estêvão.

Subsistem, sob diversas formas, indícios que permitem afirmar a origem romana (ou até mesmo anterior) do sistema viário da freguesia ou a ocupação do território por pequenas villae que dominariam o seu território. Na freguesia de Santo Estêvão foram descobertos diversos materiais em Paul e Marni (propriedades junto à ribeira da Asseca) e outros, mais a sul, junto das estradas para Estiramantens e para a Luz de Tavira.

Hoje sabe-se que, apesar do desaparecimento de Roma e a consequente desurbanização (Balsa decaiu completamente), a organização territorial anterior sobreviveu. A passagem, a partir do século VIII, dos povos islâmicos foi, como se sabe, mais uma continuadora do que uma aniquiladora desse passado.

As antigas villae romanas foram-se transformando noutro género de estruturas físicas, mas as suas características e intuito permaneceram. Os “montes” da arquitectura popular do Algarve serão a actualidade desse passado milenar, contaminados pela influência de outras culturas e/ou novas tecnologias.

Dotados de casa do proprietário e/ou casa do caseiro, instalações agrícolas e pecuárias e feitas em materiais da zona: alvenarias de taipa, pedra ou tijolo, com ou sem guarnecimento de cantarias de pedra e coberturas mistas em açoteia e telhado. Ainda um gosto muito particular pela decoração das fachadas confere um sabor especial às casas do Algarve a que Santo Estêvão não escapa. Existem ainda belíssimas platibandas pontuando as casas da aldeia, e outras dispersas pela freguesia, com desenhos vegetalistas mais ou menos geometrizados cuja origem se perde no tempo, mas cujo gosto passou para um universo urbanístico tão longínquo como os Açores ou o Brasil.

Pelo menos desde a conquista cristã de Tavira, por D. Afonso III em 1239, que os chamados «Moinhos da Rocha» existem e são explorados. São três moinhos de água – o de Cima, o do Meio e o de Baixo - e situam-se em duas hortas que lhe dão o nome – a da Rocha de Cima e a da Rocha de Baixo. A importante actividade moageira foi logo alvo de cuidados por parte da Coroa que, pensa-se, os fez mencionar no primeiro foral de Tavira como pertença do Reguengo (ou seja, do Rei). Foram, até que as novas tecnologias ou a escassez de água os tornaram obsoletos (no século XX?), alvo de contínua exploração (sempre sob concessão régia e só privada a partir de meados do século XIX) e faziam parte de um complexo sistema de aproveitamento da ribeira/rio que incluía açudes e levadas.

Foi nas Terras do Santo, um extenso terreno localizado a sul do corpo da Igreja de Santo Estêvão e cultivado desde há muito pela Fábrica da Igreja (corpo administrativo anterior às Juntas de Freguesia, composto pelo Pároco e pelos homens importantes da terra), que começou o processo de conformação da aldeia, nomeadamente a partir da segunda metade do século XIX.

Já em 1649 uma parcela incerta das terras tinha sido aforada ao sangrador Domingos Raposo para se construírem casas. Em 1858, onde hoje se ergue a Junta de Freguesia de Santo Estêvão, foi levantado o primeiro cemitério, no seguimento da legislação liberal que proibiu enterramentos nas Igrejas e suas imediações.

Ao longo de mais de meio século foram várias as contendas sobre o destino a dar às Terras do Santo ou da Fábrica. Finalmente a opção foi a da urbanização e, em 1922, estava já concluído o grosso desse processo. Destaca-se nesse período a construção, em 1891 e a cargo da Junta de Paróquia, das escolas masculina e feminina e as habitações para os professores.

A aldeia conformou-se, portanto, em torno da Igreja Paroquial, do qual resultou um largo de desenho mais ou menos livre, reduto último da antiga utilização comunitária do espaço – uma espécie de rossio – e ruas que seguem o traçado das principais vias de comunicação da aldeia, tanto em direcção a Tavira, como para o Monte Agudo ou Prego, como em direcção à Luz de Tavira.

Em 1930 foi adquirido pelo santoestevenses um terreno para albergar o novo cemitério, a sul, junto ao cruzamento para Estiramantens. O novo Campo Santo ficaria concluído em 1953. O antigo terreno seria adquirido pela Casa do Povo de Santo Estêvão (1955-63) que em 1983 foi, em parte, doado à Junta de Freguesia de Santo Estêvão para ali construir a sua sede.

Surgiram ao longo do Século XX várias colectividades e melhoram-se os serviços. Em 1931 é criada a Sociedade Recreativa de Santo Estêvão (hoje, 1º de Maio) e, em 1943, a Casa do Povo. É instalada, em data incerta, uma extensão da Cooperativa Agrícola de Santa Catarina da Fonte do Bispo. Em 1951 são instalados os primeiros telefones. Em 1963 chega a luz eléctrica e, depois da Revolução de 1974, o saneamento básico. A Junta de Freguesia constrói a sua sede nos inícios dos anos 80. A rede de estradas é sucessivamente melhorada e, em meados dos anos 90 do século passado, é construída a Via do Infante que atravessa a freguesia. Em 15 de Agosto de 2007 são inaugurados o Centro de Dia e as novas instalações da CPSE. Está actualmente em construção uma área importante, para sul e para oeste, que irá duplicar a extensão urbana da aldeia. Trata-se sobretudo de habitação.

 


[Última actualização, Março de 2008]

 

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